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Atitudes Sustentáveis

Atualizado: 25 de jul. de 2022

Nós da Solar Economy somos entusiasmados com a sustentabilidade. A ideia de trabalharmos com energia solar foi derivada da nossa atividade anterior no ramo de arquitetura e construção civil. Com conceitos e tendências em feiras e exposições da área, vimos que a popularização das lâmpadas LED substituindo as fluorescentes (que já haviam sido incentivadas para substituírem as incandescentes), utilizam cálculos de economia e retorno do investimento como vantagens para implementar avanços tecnológicos que também contribuem para o meio ambiente. Algumas soluções que iremos citar neste artigo fazem parte de conceitos existentes há décadas, mas que estão sendo desenvolvidos e aprimorados para viabilizar cada vez mais a sua utilização, ou seja, estão mais acessíveis em termos de preço e disponibilidade no mercado nacional.


Energia Solar:

As placas solares possuem duas utilizações distintas: (1) Aquecimento de água por meio de calor e (2) Geração de energia elétrica através da luminosidade. O mais comum atualmente é vermos as placas de aquecimento de água nos telhados. Elas possuem a característica de captar o calor gerado pelo sol e aquecer a água na tubulação interna, sendo armazenada em boilers para utilização em chuveiros e torneiras de água quente. A vantagem é economizar com eletricidade ou gás natural em chuveiros e boilers. As placas de geração de energia elétrica, chamadas de Fotovoltaicas, são diferentes das utilizadas para aquecer a água. Elas captam a luminosidade do sol (irradiação) e geram eletricidade para ser utilizada simultaneamente durante o dia e armazenada em baterias para utilizar à noite (quando não há produção), ou na forma mais viável, sustentável e econômica que é armazenando na concessionária de energia. Esta nova condição de armazenar energia sem necessitar de baterias reduziu bastante o custo inicial para adquirir um sistema de geração de energia solar e custos com manutenções periódicas, o que está popularizando a implementação em residências, comércios, indústrias e qualquer estabelecimento que tenha espaço disponível e uma conta de luz para pagar. A vantagem é economizar com eletricidade fornecida pela concessionária, atualmente pagando apenas ICMS (imposto estadual) na utilização da rede de transmissão. Atualmente são 15% do valor integral da energia cobrada na conta de luz, logo a economia será entre 70% a 85%. Quem utiliza bastante energia durante o dia se beneficia mais ao utilizar a produção simultaneamente sem precisar usar a rede da concessionária e evitar ser tributado em ICMS. Uma residência geralmente utiliza 1/3 da produção de forma simultânea, enquanto uma empresa ou "home office" em horário comercial utiliza metade a 2/3 da produção. As baterias têm a vantagem de servir como "backup" em caso de falta de luz pela concessionária, mas consideramos isto como equipamento opcional/adicional, caso o cliente queira ter comodidade e conforto. O sistema conectado à concessionária desliga automaticamente em caso de falta de luz para proteger os técnicos no reparo da rede. Outras vantagens são: Desconto no IPTU, atualmente somente em algumas cidades; Retorno do investimento em 3 a 4 anos; Financiamentos com parcelas abaixo da economia mensal na conta de luz; E claro, contribuir para a redução na emissão de gases de efeito estufa e demanda de usinas com matrizes que impactam o meio ambiente. Mesmo que haja maior taxação da energia armazenada na concessionária, sempre será mais vantajoso do que pagar integralmente o valor com todos os impostos e encargos embutidos atualmente. Está em vigor incentivo do governo com isenção de impostos (IPI e ICMS) na aquisição de sistemas de energia solar, da mesma forma que nos anos anteriores ocorreu com veículos e equipamentos da linha branca (geladeiras, fogões e máquinas de lavar).


Quem não possui espaço disponível para instalação das placas solares, já existem empresas que fornecem energia de usinas fotovoltaicas ou eólicas com valores abaixo da concessionária, geralmente 20% a menos, utilizando a rede da própria concessionária. Vale ressaltar que para aqueles que possuem espaço, o melhor é adquirir seu próprio sistema ao invés de continuar "alugando" energia.


Energia Eólica e Hídrica:

Com matriz inesgotável baseada nos ventos ou baseada no fluxo de água, ainda abundante em nosso país, estas formas de geração de energia são consideradas ecológicas e sustentáveis. No caso de grandes hidrelétricas, podemos considerar que elas alteram cursos de rios e afluentes, impactando a fauna e flora da região; E consequentemente as populações que habitam e se sustentam nestes locais. Elas geram energia através da rotação de um eixo com ímãs, conhecidos como dínamos. Alternadores de carros também seguem o mesmo princípio, mas utilizando correia aproveitando a rotação do motor para recarregar a bateria.


A energia eólica e hídrica já estão popularizadas em grande escala, como vemos nas diversas hidrelétricas existentes e usinas eólicas em expansão gradativa, mas ainda estão no início da aplicação em edifícios, por exemplo. Muitas vezes o telhado não tem espaço suficiente para a quantidade de placas fotovoltaicas suprirem o consumo mensal, logo podemos combinar soluções de geração, chamados de sistemas híbridos, que em breve serão o padrão por utilizarem matrizes que geram energia em condições diferentes a qualquer hora do dia com irradiação solar, ventos e fluxo d'água. Para a popularização de sistemas eólicos e hidráulicos em menor escala, fabricantes nacionais e internacionais precisarão disponibilizar no mercado equipamentos que possam ser conectados junto à concessionária, com as devidas homologações e certificações do INMETRO, evoluindo como os sistemas de energia solar (fotovoltaico) e não depender de baterias com suas características que dificultam a implementação: Manutenção periódica, custo inicial, autonomia em dias nublados e menor caráter ecológico por precisarem ser trocadas entre 5 a 10 anos, gerando certa quantidade de descarte de produtos químicos e gastos na fabricação de novas. Cabe ressaltar que indicamos as baterias somente como "backup" em caso de falta de luz por parte da concessionária como opcional/adicional de comodidade e conforto.


Carros Elétricos e Transportes:

Algumas características dos carros elétricos exigem dos usuários uma mudança simples de costumes e por isso, estão sendo lançados no mercado carros híbridos que em caso de falta de energia, utilizam combustível. Esta etapa de transição ocorre devido à autonomia das baterias em relação à quilometragem e os hábitos dos consumidores acostumados com reabastecimentos a cada 400 km ou mais e 5 minutos para encher o tanque. O preço desses veículos elétricos ainda são altos em relação ao padrão atual, comuns no lançamento de produtos com diferenciais tecnológicos, mas deve-se considerar também que incluso no preço estão características de última geração como computação, sensores, acabamento interno... Ainda não estão disponibilizando veículos elétricos de categoria popular, mas já podemos ver circulando no Brasil o Nissan Leaf e Toyota Prius. Outros modelos entrando são: Chevrolet Bolt, JAC iEV20, Renault Zoe, entre outros... O preço ainda está na faixa de R$ 150.000,00.


O carro 100% elétrico precisa de tempo para carregar, variando conforme o modelo entre recargas rápidas com alta potência de 40 minutos até 8 horas para recargas domiciliares. Utilizam a frenagem para ir carregando a bateria ao longo do trajeto e possuem autonomia de aproximadamente 300 km, dependendo da velocidade média e o limite são de 130 km/h, apropriado para nossa legislação de trânsito nas estradas. A sustentabilidade compensa ao longo do tempo em economia e ecologia. Também possuem redução no IPVA anual.


Enquanto isso, podemos afirmar que para os veículos Flex, o etanol é mais ecológico que a gasolina, por ser de fontes renováveis e ter menor emissão de gases poluentes à saúde e causadores do efeito estufa. O óleo diesel é sem dúvida o mais poluente! Lembrando que a Volkswagen alterou resultados para contradizer isto em um grande escândalo em 2015. Pois bem... Deveriam haver mais incentivos econômicos e estratégias do governo em prol do etanol na questão de cultivo e alocação de matéria prima para produção do combustível. O GNV (Gás Natural Veicular) é uma opção ecológica considerada próxima ao etanol, mesmo sendo de fonte de origem fóssil. É incentivada com redução expressiva no valor anual do IPVA, em vigor há uns 20 anos. Desvantagens: Nem todos os postos de combustível possuem bombas para abastecimento, perda de espaço no bagageiro, custo inicial de instalação, exigência de vistoria anual específica, eventuais filas de espera nos postos, normas de segurança para abastecimento e menor autonomia (varia conforme o volume do botijão, geralmente entre 80 a 160 km). A economia na faixa de 40% no valor em relação ao etanol e a gasolina, desconto no IPVA e a ecologia são suas vantagens. Ao longo do tempo e com mudança de hábito o investimento compensa. Em questão de sustentabilidade o carro elétrico deverá substituir estes veículos à combustão e novas tecnologias serão introduzidas ao mercado como motores elétricos movidos a hidrogênio (utilizando água).


Em relação à alternativas de transporte, estão popularizadas as bicicletas elétricas, "scooters" (lambretas) e patinetes. No transporte público, o metrô movido à eletricidade poderia ter 100% da matriz oriunda de usinas solares e eólicas. Os ônibus elétricos ainda não estão popularizados nas cidades brasileiras, mas estão em crescimento nas estratégias de governo de algumas cidades. O ônibus movido a hidrogênio está em fase de experimentação na UFRJ circulando pela Cidade Universitária do Fundão. Trens elétricos com tecnologia magnética de levitação também estão sendo experimentados na UFRJ, mas implementados há décadas em países europeus e asiáticos, sendo mais conhecidos como "trens-bala".


Captação de água de chuva:

A água é um dos nossos maiores recursos e por isso estamos acostumados a tratá-la de forma abundante. O valor da conta de água, na qual é cobrado a mesma metragem cúbica pelo esgoto, é um custo fixo mensal percebido somente por quem paga a conta. A grande parte das famílias utilizam de forma consciente a água para economizar devido a campanhas na mídia e educação dentro de casa, mas ainda é comum utilizarmos de forma despreocupada. Campanhas de conscientização contínua são a forma de irmos mudando os hábitos de consumo, sendo que na realidade a percepção de escassez só ocorra quando falta água. A captação de água de chuva utiliza canaletas para coletar e direcionar a chuva que cai sobre o telhado para uma caixa d'água ou cisterna exclusiva para reuso. O mais apropriado é utilizar sem necessidade de filtros para regar jardins, lavar áreas externas e carros, precisando de uma bomba hidráulica para gerar pressão. Para utilizá-las em descargas de banheiro, pode ser bombeada anteriormente para a caixa d'água no sótão ou laje com distribuição exclusiva para isso. Pode-se utilizar filtro para reutilizar em torneiras, chuveiros e máquinas de lavar roupa, pois detritos de pássaros e animais, além de sujeiras do telhado e folhas captadas junto com a chuva precisam ser tratados antes para estas finalidades. Importante explicar que existe uma cobrança de taxa mínima estipulado por lei onde mesmo que não seja consumido a quantidade indicada para o imóvel, geralmente são de 15 metros cúbicos mensais em uma residência, mas às vezes o mínimo são de 30 metros cúbicos conforme a quantidade de edificações no terreno. Logo, é importante investir planejando o tamanho do sistema considerando isso, inclusive tarifação gradativa por faixa de consumo, que é onde a economia se torna mais expressiva.


Biogás:

Empresas nacionais estão fabricando biodigestores de diversos tamanhos para compostagem de rejeitos orgânicos. Restos de alimentos, fezes de animais, matéria orgânica em geral, inclusive esgoto da fossa são armazenados em estruturas que não emitem odor, algumas parecidas com caixas d'água apropriadas para receber este material e naturalmente realizar a decomposição em ambiente fechado, resultando em biogás que pode ser canalizado para fogões próprios para este tipo e também resulta em fertilizante que pode ser usado nos jardins. A economia com gás natural ao longo do tempo e a redução de dejetos no meio ambiente e em aterros sanitários contribuirão para a popularização desse sistema. A natureza agradece!


Reciclagem:

Esta atividade diária de cada pessoa cria um ambiente consciente com a sustentabilidade. Mesmo com lixeiras de diferentes cores e identificação do tipo de material, ainda é comum termos que dedicar atenção em quais materiais precisam ser separados. No Rio de Janeiro, a coleta seletiva junta tudo em uma caçamba só, onde posteriormente será separado manualmente por funcionários da empresa responsável por este lixo. Logo, a prática é ter duas lixeiras para separar o lixo orgânico do reciclável. Lavar previamente as embalagens com restos líquidos ou resíduos antes de jogar na lixeira é uma prática que deve contribuir para evitar animais transmissores de doenças e facilitar o trabalho dos funcionários que farão a separação entre metal, papel, plástico e vidro. A reciclagem ainda vai além desses materiais que estamos acostumados a ver em lixeiras coloridas. Não é comum vermos pontos de descarte de pilhas e baterias, madeiras, lixo eletrônico como equipamentos de informática, TVs e celulares, e também os não recicláveis como cabos de panelas, esponjas de aço, lâmpadas tubulares, entre outros... Existem pontos de coleta para estes materiais, basta levar até o local ou verificar se existe algum serviço de coleta disponível na sua região. Uma nova prática de separação de tampinhas dos mais variados tipos estão sendo adotadas por pessoas que apoiam causas onde a renda é convertida para a compra de cadeira de rodas para doação e custos com a castração de animais de rua. O espaço necessário para armazenar o material avaliado pelo peso (kg) é muito menor do que com garrafas vazias. Os hábitos da sociedade vão se tornando mais sustentáveis com atitudes individuais, influenciando por seus próprios atos aqueles que estão ao redor.


Projetos Arquitetônicos Sustentáveis:

A preocupação de profissionais da área da construção civil com a sustentabilidade são recompensados atualmente com redução do IPTU através da certificação Selo Verde. A lista de requisitos que um imóvel ou empreendimento precisa atender inclui a maioria dos citados neste artigo, mas também com a utilização de materiais fabricados à partir de resíduos reciclados; Iluminação natural para reduzir a quantidade e potência das lâmpadas; Ventilação para reduzir a necessidade de utilização de ar condicionados; Telhados verdes e jardins verticais que irão reduzir a temperatura devido à insolação. Estas ações são mais viáveis na fase de projeto e tendência no mundo todo, no qual a arquitetura sempre teve papel criativo e responsabilidade com as questões urbanísticas, estéticas e funcionais.


Carnes a base de plantas:

A novidade para aqueles que se preocupam com o meio ambiente e também com o abate de animais para produção de carnes, mas ainda não se habituaram com uma alimentação vegetariana, são as carnes a base de proteínas de soja não transgênica, beterraba, ervilha, alho e cebola com textura, sabor, aroma, cor e valor nutricional de carnes bovinas. As chamadas "foodtechs" são empresas fabricantes de alimentos que estão inovando o setor produzindo hamburgers, salsichas, almondegas, carne moída e nuggets (empanados de frango) à partir de ingredientes vegetais. Este é um ponto no qual os hábitos alimentares precisarão ser revistos para mudarmos para melhor com atitude de substituição de um alimento por outro. As principais críticas seriam geradas pela desconfiança, ou seja, tem que provar para descobrir se o gosto é bom ou não. A quantidade de proteínas, calorias e carboidratos são as mesmas da carne bovina. A intenção desse produto é substituir um produto consumido quase que diariamente por grande parte da população por outro mais sustentável e saudável, evitando sofrimento animal durante o abate, sendo muitas vezes criados em espaços confinados e insalubres, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa devido à atividade pecuária e desmatamentos para abrir espaço para pastagens; E sem gordura animal e colesterol! As principais redes de fast-food e hamburgerias já incluíram em seus cardápios esta opção sustentável. O produto encontra-se disponível em alguns supermercados com preços equivalentes ao de carne bovina de primeira linha, afinal é um produto sustentável e mais saudável, recém-lançado para o público em geral ter opção de escolha. A tecnologia e inovação em sustentabilidade forçam nossa direção para o futuro mais consciente, inteligente e prático.


Por

Eduardo Terra Pinheiro - Integrador Fotovoltaico

Solar Economy

21-98747-0321

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